A campanha do Julho Verde traz um alerta para o câncer de cabeça e pescoço, doença que, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), deve ser responsável por quase 120 mil novos casos da doença no Brasil até 2025. Para reforçar a campanha de prevenção, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) chama a atenção para a importância de identificar sintomas e tratar a enfermidade de forma precoce. 

O Serviço de Cabeça e Pescoço do IMIP, que integra o Centro de Assistência em Alta Complexidade em Oncologia do Instituto (CACON), faz em média 100 cirurgias por mês. Segundo o coordenador do setor, o cirurgião de Cabeça e Pescoço Adilis da Fonte, os principais tumores são os da tireoide, cutâneos, glândulas salivares e tumores da cabeça e pescoço. 

“Os sinais podem ser caracterizados por manchas brancas na boca, feridas com cicatrização demorada, dor, nódulos no pescoço, dificuldade para engolir ou respirar, mudanças na voz, rouquidão e dor de garganta persistentes”, explica o médico, que reforça a importância de buscar assistência médica caso os sintomas persistam. O cirurgião ainda complementa que entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença estão o tabagismo, consumo de álcool e infecção pelo HPV, por meio de sexo oral. 

O diagnóstico tardio pode causar uma perda significativa da qualidade de vida durante e após o tratamento, na maioria dos casos com o comprometimento da fala e outras sequelas funcionais e psicológicas. A boa notícia é que um levantamento do INCA aponta que, quando a doença é diagnosticada precocemente, as chances de cura ultrapassam 80%.