O IMIP traz um alerta para o crescimento acelerado do consumo de bebidas energéticas entre adolescentes e jovens adultos, comportamento que tem gerado impactos preocupantes na saúde cardiovascular dessa faixa etária. Dados divulgados pela Kantar, empresa de pesquisa do Reino Unido, mostrou que, no ano passado, cerca de 22 milhões de domicílios passaram a incluir o produto na rotina, o que representa uma presença em 38% das casas brasileiras. A tendência se estende também ao consumo fora de casa, com 9 milhões de novos compradores impulsionando o crescimento da categoria em diversos contextos.

O cirurgião cardiovascular do IMIP, Dr. Cristiano Berardo, explica que os energéticos contêm altas doses de cafeína, taurina e outros estimulantes que provocam efeitos imediatos no sistema nervoso e cardiovascular. “O uso frequente pode causar arritmias, elevação da pressão arterial, insônia, ansiedade e, em casos extremos, fibrilação atrial e risco de AVC”, alerta o especialista.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, estudos recentes apontam que 22% dos brasileiros com até 29 anos consomem energéticos fora de casa, muitas vezes combinando com álcool, o que potencializa os riscos.

O IMIP reforça a importância de hábitos saudáveis como sono adequado, alimentação equilibrada e prática regular de atividade física. Jovens com histórico de hipertensão, arritmia ou ansiedade devem evitar completamente essas bebidas.