Muitas vezes associada apenas à estética e padrões de beleza, a prática de exercício físico tem sido vista atualmente com outros olhos. Em alusão ao Dia Mundial da Atividade Física, comemorado no próximo domingo (6 de abril), a psicóloga do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Júlia Bresani, destaca a importância da prática ligada ao bem-estar e à saúde mental. 

Na busca por uma melhor qualidade de vida, exercícios físicos e saúde mental caminham lado a lado. Um estudo da Universidade de Harvard com duração de nove anos, divulgado em 2021, apontou que a prática de atividades físicas proporciona mais vontade de viver, por isso tem sido cada vez mais frequente a recomendação por psicólogos e psiquiatras. 

“É durante o exercício que o nosso cérebro libera hormônios como serotonina e endorfina, essenciais na regulação das nossas emoções”, explica Júlia. “Para pacientes que têm casos de depressão e ansiedade, isso faz toda diferença, porque promove uma diminuição significativa dos sintomas associados a esses diagnósticos, além de auxiliar na organização dos pensamentos, promover sensação de bem estar e melhorar a qualidade do sono”, destacou.

Segundo a psicóloga, para sentir os efeitos da prática não é necessário virar um “super atleta”, mas fazer uma caminhada, no mínimo três vezes por semana, já traz ganhos importantes para o cérebro. “Não está ligado à quantidade, mas sim à qualidade daquele exercício para você. Fora as questões mais subjetivas, como a melhora na autoestima, já que durante uma atividade física acabamos entendendo tudo o que o nosso corpo é capaz de fazer, promovendo essa sensação de si e da conexão consigo”, reforçou.