Julho Amarelo: IMIP realiza Seminário de Atualização em Hepatites Virais

Julho Amarelo: IMIP realiza Seminário de Atualização em Hepatites Virais

Julho Amarelo: IMIP realiza Seminário de Atualização em Hepatites Virais

Por Natália Santos
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Em alusão ao Julho Amarelo – mês de luta contra as Hepatites Virais -, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) realiza, no dia 26 de julho, a partir das 14h, um Seminário de Atualização em Hepatites Virais voltado para estudantes e profissionais da instituição. 

Muitas vezes silenciosa, a doença precisa de muita atenção aos sinais para um diagnóstico preciso e tratamento eficaz. As hepatites mais prevalentes atualmente são as causadas pelos vírus A, B e C. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 296 milhões de pessoas já viviam com infecção crônica de hepatite B em 2019, com 1,5 milhão de novas infecções a cada ano. Baseada nesses números, a OMS estipulou uma meta para que as hepatites virais deixem de ser um problema de saúde pública no mundo até 2030. 

“Quando sintomáticas, as hepatites virais podem se apresentar de forma aguda ou crônica. A fase aguda caracteriza-se por sintomas inespecíficos, como fraqueza, cansaço físico, febre, mal-estar, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados e urina escura. A forma crônica pode já ser identificada na fase de cirrose”, explica a médica hepatologista Lílian Rose, coordenadora da Hepatologia Clínica do IMIP. 

As transmissões do vírus possuem diferentes causas. No caso das hepatites do tipo A, a transmissão ocorre de forma fecal-oral, ou seja, transmitida por ingestão de água ou alimentos contaminados. A forma mais eficiente de prevenção é oferecendo o acesso a saneamento básico, água tratada e medidas de higiene pessoal para a população, além da vacina, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças e alguns grupos específicos de adultos. 

“A hepatite do tipo B é considerada uma infecção sexualmente transmissível, mas também pode ser transmitida por outras vias, como de mãe para filho no momento do parto, compartilhamento de objetos de higiene pessoal que possam ter contato com sangue (escova de dente, lâmina de barbear e alicate de unha), transfusão de sangue antes da década de 90 e procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança”, detalha Lílian, que complementa: “A doença também pode ser prevenida por meio de vacinas seguras e eficazes disponíveis no SUS para todas as faixas etárias.”

A hepatite C pode levar à hepatite crônica em 85% dos casos, podendo evoluir para cirrose e câncer de fígado. A principal forma de transmissão é por contato com sangue contaminado, a partir de compartilhamento de objetos perfuro-cortantes utilizados para o consumo de algumas drogas ou material de higiene pessoal, reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos, além da reutilização de material para realização de tatuagem. “Não existe vacina para hepatite C, mas existe tratamento disponível pelo SUS, com medicamentos seguros e taxa de sucesso de cura em torno de 98%”, reforçou a médica.

Confira a programação do Seminário de Atualização em Hepatites Virais do IMIP

Julho Amarelo e a erradicação de hepatites 

Dr. Edmundo Lopes

Novo PCDT de Hepatite B: o que mudou? 

Dra. Cinthia Cordeiro 

Atualizações sobre vacinação A/B 

Dra. Isabella Liberato

Profilaxia de Reativação contra hepatite B nos estados de imunossupressão

Dra. Lílian Rose

Profilaxia de transmissão vertical de Hepatite B 

Dr. Fortunato Cardoso

Tratamento atualizado de Hepatite C

 Dr. Arnaldo Trindade

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