Junho laranja: IMIP é referência no tratamento de leucemia infantil no Brasil
Junho laranja: IMIP é referência no tratamento de leucemia infantil no Brasil
Com o objetivo de conscientizar sobre a leucemia, o junho laranja visa alertar a população sobre os riscos da doença, incentivando o diagnóstico precoce e o tratamento dessas doenças que podem acometer adultos e crianças. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a leucemia tem estimativa de mais de 11 mil casos entre 2023 e 2025, no país. A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é o tipo de câncer que mais acomete as crianças.
O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) é referência no tratamento do câncer pediátrico no país. A Oncologia Pediátrica do IMIP realiza cerca de 1.500 consultas por mês de pacientes com suspeita ou diagnóstico de câncer infanto-juvenil. De acordo com coordenadora da Oncologia Pediátrica do IMIP, Mecneide Mendes, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam muito as chances de cura desses pacientes.
Como a leucemia é uma doença da medula óssea, que é a “fábrica do sangue”, os primeiros sintomas traduzem o acometimento desse órgão, responsável pela produção dos glóbulos vermelhos, brancos e das plaquetas. Geralmente, esses pacientes apresentam febre persistente, palidez, fraqueza, cansaço e dor nos ossos e articulações. “Podem ainda ter facilidade de sangramento gengival e manchas roxas ou pintinhas vermelhas (petéquias) na pele”, alerta a médica.
O protocolo terapêutico para Leucemia Linfoide Aguda (LLA) do IMIP foi desenvolvido em parceria com o St Jude Children’s Research Hospital (EUA), referência mundial no tratamento de câncer infantil, e atingiu percentuais de cura acima de 80%, podendo chegar a 96% nas crianças com características de baixo risco. Esses resultados são semelhantes aos obtidos nos países desenvolvidos.
Em janeiro de 2023, as diretrizes do protocolo desenvolvido no IMIP foram adotadas para todo o Brasil. “Com isso, objetivamos levar esses resultados obtidos no IMIP para todas as crianças com LLA no Brasil, onde as chances atualmente estão em 67%”, afirma.
Pernambuco registra uma média de 450 novos casos de câncer infanto-juvenil por ano e o IMIP atende mais de 50% dessa população. Outro fator que precisa de conscientização, segundo a médica, “é a sensibilização para que as pessoas se tornem doadores voluntários de medula óssea”.