O mês de setembro é pautado por muitas campanhas importantes na saúde, como setembro verde, vermelho e amarelo. Mas, é na cor dourada que ele se dedica exclusivamente às crianças e adolescentes, com a conscientização da sociedade sobre a importância aos sinais e sintomas sugestivos do câncer infantojuvenil.

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) é também referência para o diagnóstico e tratamento do câncer infantojuvenil, além de ter desenvolvido, em colaboração com o Saint Jude Research Hospital – Memphis-EUA, o protocolo de tratamento para leucemia linfoide aguda, o câncer mais comum na infância, que atingiu percentuais de cura acima de 80%, chegando a 96% para as crianças classificadas como de baixo risco. Esses resultados são comparáveis aos obtidos nos países desenvolvidos. No Brasil o estudo anterior do GBTLI, encerrado em 2018, teve resultados inferiores a 70%.

Com esses resultados obtidos no IMIP, o protocolo local passou a ser aplicado como um estudo multicêntrico, que acontece concomitantemente  em outras unidades referência no Brasil (novo GBTLI, 21), colaborando para o tratamento efetivo dessa doença e melhora nos percentuais de cura no país.  

Ao todo, participam quase 40 unidades hospitalares, com representação de todos os Estados da federação e conta com a colaboração de especialistas nacionais e internacionais no diagnóstico e tratamento oncológico infantojuvenil, que atuam como coordenadores. “Com isso, é esperada uma melhora na sobrevida das crianças com LLA no Brasil”, avalia a coordenadora da Oncologia Pediátrica do IMIP e uma das coordenadoras do protocolo nacional, Mecneide Mendes. 

“O câncer infantil é uma doença que não escolhe raça, cor, nem classe social”, afirma.  Pernambuco registra uma média de 450 novos casos de câncer infantil por ano e o IMIP atende 50% da população diagnosticada.

A Oncologia Pediátrica do IMIP realiza cerca de 1.500 consultas por mês de pacientes com suspeita ou diagnóstico de câncer infantojuvenil.  O serviço garante o atendimento médico, capacidade para acolher 31 crianças e adolescentes em leitos de enfermaria, e seis na UTI. Além do tratamento médico, específico e de suporte, os pacientes também recebem os cuidados da equipe multiprofissional, que compreende o atendimento de enfermagem, psicossocial, terapêutico, odontológico e educativo.