Transplante cardíaco no IMIP: pioneirismo, solidariedade e esperança

Transplante cardíaco no IMIP: pioneirismo, solidariedade e esperança
Com a missão de oferecer saúde integral a todos, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) celebra 12 anos de um programa que tem transformado vidas por meio do transplante cardíaco. Consolidado como um dos mais importantes do Brasil, o serviço já beneficiou mais de 330 pacientes, com uma taxa de sobrevida imediata superior a 80%, em linha com os melhores resultados internacionais.
Dr. Cristiano Berardo, responsável pelo setor de cardiologia do IMIP, destaca que o transplante cardíaco é mais do que um procedimento médico, é um ato de reconstrução da vida. “Cada transplante realizado aqui é uma história de superação. Vemos pacientes que estavam sem perspectiva voltarem a sorrir, a caminhar, a sonhar. É a medicina cumprindo seu papel mais nobre que é o de devolver dignidade e esperança”, afirma o cardiologista.
Após a cirurgia, a jornada dos pacientes continua com acompanhamento rigoroso, que inclui uso contínuo de medicamentos, sessões de fisioterapia e suporte de uma equipe multidisciplinar. “A adesão ao tratamento e a força de vontade são fundamentais para o sucesso, mas a recompensa é imensurável: a chance de recomeçar”, ressalta.
Bruna Letícia, jovem com insuficiência cardíaca grave, chegou a pedir que desligassem os aparelhos após dias na UTI e uso de balão intra-aórtico, dispositivo que ajuda o coração a bater. No dia 13 de setembro de 2024, data em que completou 20 anos, surgiu um coração compatível de um doador adolescente em São Luís (MA). Diante da urgência, a FAB foi acionada e viabilizou o transporte do órgão.
Bruna recebeu o transplante como presente de aniversário e ganhou uma nova chance de vida. No momento, ela enfrenta um Linfoma não Hodgkin, mas evoluindo bem segundo a mesma. “Sou prova viva que podem acontecerem imprevistos indesejáveis e se descobertos com cuidado podemos tratar e nos curar. Devo tudo principalmente a Deus, a minha família que sempre esteve comigo e a equipe fora da curva que o IMIP tem”, afirma.

Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta o desafio da baixa taxa de doação de órgãos. Muitas pessoas morrem à espera de um transplante, e é essencial que a sociedade compreenda que a doação é um gesto de solidariedade capaz de transformar a dor da perda em esperança para até oito vidas.