Em alusão ao Janeiro Roxo, IMIP destaca sintomas, cuidados e tratamento contra a Hanseníase
A campanha do Janeiro Roxo tem como objetivo chamar a atenção para a Hanseníase, uma doença que ainda é cercada por preconceitos, mas que possui controle e tratamento. Em alusão ao dia 26 de janeiro, data que marca o Dia Mundial Contra a Hanseníase, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) destaca sintomas, cuidados e tratamento contra a infecção. Os principais sinais da doença são manchas ou placas na pele (esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas), caroços pelo corpo e fraqueza nas mãos e/ou pés. “Nos casos mais avançados, essas lesões podem se transformar em nódulos e os nervos podem ser acometidos, levando a perda de força e atrofia de mãos e pés”, explica a dermatologista do IMIP, Marcella Araújo. A médica destaca a importância dos cuidados preventivos e de um diagnóstico precoce. “A doença é transmitida por meio de gotículas de saliva de pessoas com quadro grave. Pacientes com poucas manchas não transmitem a doença. No entanto, a bactéria só se prolifera em quem está com baixa imunidade. Além disso, demora alguns anos para que os primeiros sintomas apareçam, por isso, é importante que, com a confirmação de algum caso, toda a família seja examinada”, alertou. O diagnóstico é clínico, realizado através de testagem à sensibilidade da mancha suspeita. Em casos mais graves, também é utilizado o exame de baciloscopia como complemento, método em que é realizada uma raspagem da lesão para análise. O tratamento é realizado por via oral, através de comprimidos que estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), e possui duração que varia entre seis meses e um ano. É importante destacar que, ao iniciar o tratamento, a pessoa deixa de transmitir a doença, mas é necessário seguir com a medicação até que seja alcançada a cura. “A melhor maneira para a diminuição do número de pessoas infectadas é uma melhora significativa na qualidade de vida da nossa população, além da disseminação de informações e orientações sobre a doença”, arrematou a profissional.