Superintendente-geral do IMIP destaca subfinanciamento dos hospitais filantrópicos em audiência pública

Superintendente-geral do IMIP destaca subfinanciamento dos hospitais filantrópicos em audiência pública

Superintendente-geral do IMIP destaca subfinanciamento dos hospitais filantrópicos em audiência pública

Por Juliana Guerra
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A superintendente-geral do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Tereza de Jesus Campos Neta, foi uma das vozes de destaque na audiência pública realizada nesta segunda-feira (13) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. O encontro teve como objetivo discutir o subfinanciamento crônico dos hospitais filantrópicos, que ameaça a continuidade dos serviços prestados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Representando uma das maiores instituições filantrópicas do país, Tereza Campos fez um apelo contundente pela revisão dos valores pagos pelos serviços prestados ao SUS, conforme previsto na Lei 14.820, de 2024. Ela ressaltou que, apesar da robusta estrutura do IMIP, com mais de mil leitos e quase 50 especialidades médicas, o hospital enfrenta sérios déficits financeiros que comprometem sua capacidade de atendimento.

“Temos uma equipe técnica altamente qualificada e uma estrutura de referência em alta complexidade, mas sem financiamento adequado, é impossível manter o sistema funcionando de forma eficiente”, alertou Tereza.

O IMIP é totalmente financiado pelo SUS e desempenha papel essencial na assistência médica da região. Durante sua fala, Tereza reforçou a importância das emendas parlamentares como instrumento de apoio às instituições filantrópicas, destacando que elas têm sido fundamentais para mitigar os impactos do subfinanciamento e viabilizar programas como o “Agora Tem Especialistas”, do governo federal.

“Estamos trabalhando pela aprovação do reajuste previsto na Lei 14.820 e pela valorização das emendas parlamentares, que têm sido decisivas para manter os hospitais em funcionamento e apoiar iniciativas estratégicas”, afirmou.

A audiência, presidida pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), foi a primeira de um ciclo de três encontros voltados ao fortalecimento das instituições filantrópicas e à promoção de diálogo entre governo, setor privado e especialistas. Também participaram representantes da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), que apontaram um endividamento de R$ 15 bilhões no setor e defenderam a destinação de R$ 2,1 bilhões do Orçamento Geral da União de 2026 para essas entidades.

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